O câncer colorretal (CCR) é uma das neoplasias mais comuns e uma das principais causas de morte por câncer no mundo. No entanto, é também um dos tipos de câncer mais preveníveis, com medidas que podem reduzir significativamente o risco de desenvolvimento da doença. A prevenção envolve uma combinação de hábitos saudáveis como fazer uma dieta rica em fibras, frutas, vegetais e grãos integrais, fazer atividade física e evitar tabaco e álcool; além da atenção a fatores de risco específicos e rastreamento regular.
Em relação aos fatores de risco específicos temos principalmente idade acima de 60 anos, histórico familiar de CCR, principalmente em relação a parentes em primeiro grau (pai, mãe, irmãos e filhos), ou síndromes genéticas hereditárias (por exemplo, polipose adenomatosa familiar). Para indivíduos com esses fatores, o acompanhamento médico regular e a adoção de um estilo de vida saudável são ainda mais críticos.
O rastreamento regular é uma das estratégias mais eficazes para prevenir o câncer colorretal. Exames como a colonoscopia permitem identificar e remover pólipos antes que se tornem cancerosos, ou detectar a doença em estágios iniciais em que a chance de cura é muito alta. A recomendação geral é que pessoas sem fatores de risco específico iniciem o rastreamento aos 45 anos, enquanto aquelas com histórico familiar ou outras condições de risco podem precisar começar mais cedo. Indivíduos com sinais e sintomas de doença colorretal como alterações do hábito intestinal (mudança na frequência das evacuações, cor, odor, formato ou consistência das fezes), sangramento anal, perda de peso, anemia sem causa específica, devem ser avaliadas e investigadas preferencialmente com a realização de colonoscopia. Em casos que a colonoscopia não esteja disponível a todos indivíduos com indicação, exames de triagem como a pesquisa de sangue oculto nas fezes ou edema opaco podem ser realizados para selecionar as pessoas com maior risco de câncer para fazer o procedimento.
A prevenção do câncer colorretal é multifatorial e envolve mudanças no estilo de vida, rastreamento regular e atenção aos fatores de risco. Adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos, evitar o tabaco e o álcool, e realizar exames preventivos são medidas que podem salvar vidas. A conscientização e a educação sobre a importância dessas práticas são essenciais para reduzir a incidência dessa doença.

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