“Somos uma embarcação ancorada a um porto onde não há mais mercadorias para transportar”
Desafios na área da saúde pautam palestra de diretores do Hospital Ouro Branco em evento da CIC Teutônia
“Desafios na área da saúde: manutenção e inovações” foi tema do Almoço Empresarial promovido pela CIC Teutônia no dia 29 de agosto. O assunto foi apresentado pelo presidente da Associação Beneficente Ouro Branco (ABOB), entidade mantenedora do Hospital Ouro Branco (HOB), Marco Weber, e pelo diretor-executivo da casa de saúde teutoniense, André Lagemann.
Weber destacou a necessidade da atenção à saúde no dia a dia. “O hospital é da comunidade e as famílias precisam refletir sobre a importância da infraestrutura que o HOB oferece para o primeiro atendimento, principalmente de urgência e emergência. Momentos como esse
Almoço Empresarial são muito importantes para que as pessoas conheçam melhor o seu hospital”, disse, solicitando que mais pessoas se associem à mantenedora como forma de fortalecer a entidade. “Em algum momento da vida passamos pelo hospital, e quanto mais estruturado e preparado para receber a comunidade, melhor para todos.”
Sonho compartilhado
Lagemann desenhou o HOB como “uma embarcação ancorada a um porto onde não há mais mercadorias para transportar”. Esse porto seria o Governo do Estado, que sofre com a falta de recursos para a sustentabilidade da estrutura de saúde pública. “Precisamos buscar novos ‘portos’, acessar novas ‘mercadorias’, que podemos classificar como um novo perfil de clientes, oferecendo serviços que venham a rentabilizar a infraestrutura física e profissional que dispomos”, elucidou.
O diretor valorizou a proximidade do hospital da comunidade local e regional. “Aliado aos profissionais e equipamentos, essa celeridade no atendimento pode fazer a diferença para a vida das pessoas, principalmente nos casos de urgência e emergência. Esse atendimento, 24 horas por dia, 365 dias por ano, tem um custo, e esse é o nosso maior desafio”, disse, acrescentando que numa situação de urgência e emergência, é ao Pronto Atendimento do HOB que o paciente será encaminhado, “ e essa porta precisa estar abe
rta sempre”.
Entre números e projetos, destaque para o desejo de instalação da UTI. “Esse é um sonho que gostaríamos de compartilhar e que a comunidade e autoridades sonhassem conosco. É preciso a mobilização do coletivo, pois sozinhos não teremos força para isso, não depende apenas do HOB. Uma UTI permite procedimentos de maior complexidade”, defendeu Lagemann.
Além da UTI, a casa de saúde investe em nova área para o Centro de Diagnóstico por Imagem e para o Pronto Atendimento. Juntos, esses três projetos somam mais de R$ 8 milhões. “Diante do cenário que temos hoje, recursos de emendas parlamentares, por exemplo, são de suma importância”, anunciou, solicitando que as lideranças do Vale do Taquari auxiliam no relacionamento com os parlamentares, que podem destinar até R$ 238 milhões por ano para a área da saúde.
Visitação
Os representantes do hospital também convidaram a CIC a organizar visitas ao HOB. “As pessoas precisam conhecer mais sobre o seu hospital. Contamos com 60 médicos, em mais de 25 diferentes especialidades, 78 leitos, com mais de 80% dos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, concluiu Lagemann.
O Almoço Empresarial da CIC Teutônia conta com o patrocínio de Certel, Colégio Teutônia, Evoluir Gestão Empresarial, Global-Eco Consultoria Ambiental, Cooperativa Languiru, Poolseg Corretora de Seguros, Rivin Moda e Decoração, Sicredi e Univates.
Texto: Leandro Augusto Hamester Crédito das fotos: Divulgação HOB