A Vigilância em Saúde de Teutônia, por meio dos setores de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, realizou na manhã de ontem, 11 de dezembro, uma reunião estratégica com o Hospital Ouro Branco para alinhar fluxos e reforçar ações conjuntas de enfrentamento à Dengue para o período sazonal 2025/2026.
O encontro teve como objetivo qualificar os processos assistenciais, melhorar a comunicação entre os serviços e garantir respostas mais rápidas e eficientes diante do aumento esperado de casos nos meses mais quentes, principalmente depois do grande volume de chuvas ocorrido recentemente. A circulação do vírus da dengue no Brasil tem crescido nos últimos anos, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, conforme apontam boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde; por isso, a preparação antecipada dos serviços de saúde é considerada uma medida essencial de prevenção e cuidado à comunidade.
Principais pontos discutidos
Durante a reunião, foram abordados temas fundamentais para a condução adequada dos atendimentos e para a integração entre os serviços de saúde do município:
- Qualificação das notificações: equipes reforçaram critérios e responsabilidades para assegurar o correto preenchimento das fichas de notificação, etapa essencial para o monitoramento oportuno dos casos.
- Documentação ao paciente: foi realizado um alinhamento de fluxo e contrafluxo do paciente com suspeita ou confirmação de Dengue.
- Avaliação da equipe para realização de testes TR NS1 Dengue: foram discutidas condições e protocolos para utilização do teste rápido, ferramenta importante para identificação precoce de casos.
- Envio ágil das notificações: reforçou-se que as notificações precisam ser encaminhadas com brevidade para a Vigilância Epidemiológica, que tem até 72 horas para realizar a digitação oficial no sistema de informação.
- Assuntos gerais sobre Dengue: incluindo fluxos internos, critérios de atendimento, manejo clínico e atualização de orientações de prevenção.
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O Brasil tem registrado, nos últimos anos, aumento na circulação dos quatro sorotipos virais e ocorrência de surtos em diferentes regiões. A antecipação de protocolos, alinhamento das equipes e aprimoramento das notificações são medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde para reduzir complicações e aperfeiçoar as respostas do sistema de saúde.
Revisar fluxos antes do período sazonal também contribui para que os serviços estejam preparados para identificar casos graves precocemente, orientar adequadamente a população e adotar ações integradas com a rede municipal.
Além dos fluxos assistenciais, a reunião destacou a importância do engajamento da comunidade para combater o mosquito — única forma comprovada de evitar a transmissão. Entre as medidas preventivas amplamente reconhecidas por órgãos de saúde estão:
- eliminar água parada em recipientes, calhas, caixas d’água e demais locais que possam servir de criadouro;
- manter pátios, quintais e áreas externas limpos e sem acúmulo de resíduos;
- utilizar repelente conforme orientação do rótulo;
- instalar telas em portas e janelas sempre que possível;
- buscar atendimento ao surgimento de sintomas como febre alta, dor muscular intensa, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Além das orientações à comunidade, a Vigilância Ambiental informou que seguirá realizando medidas de controle vetorial, como a pulverização em áreas domiciliares e em bueiros durante o período noturno — prática recomendada para atingir o mosquito em horários de maior atividade e reduzir focos de proliferação.
O Hospital Ouro Branco e a Vigilância em Saúde reforçam que o trabalho integrado é fundamental para proteger a comunidade e responder de forma ágil às demandas do período sazonal. O alinhamento contínuo entre os serviços, somado à participação da população, constitui uma das estratégias mais eficazes para reduzir o impacto da doença no município.






