Hospital Ouro Branco pede auxílio da comunidade
Campanha incentiva doação de recursos financeiros para suprir despesas da Covid-19
“Precisamos da sua ajuda; sua doação pode salvar vidas”. Com esse slogan o Hospital Ouro Branco (HOB), de Teutônia, está desenvolvendo campanha para arrecadação de recursos financeiros junto à comunidade, implementada para fazer frente aos altos custos das internações de pacientes com a Covid-19.
Foram abertas duas contas bancárias em nome da Associação Beneficente Ouro Branco, entidade mantenedora do HOB, para receber as doações: Sicredi Ouro Branco, agência 0119, conta corrente 30.037-7; e Banrisul, agência 0946, conta corrente 06.070.0510-4.
Esses recursos serão utilizados para cobrir o alto custo de internação das pessoas com Covid-19, além de facilitar e agilizar a compra de medicamentos e insumos. “Sabemos do momento de crise, que traz dificuldades às pessoas também, mas cada um fazendo um pouco nos ajuda muito”, destaca o diretor executivo, Ornelio Guilmar Kleber.
Mais que leitos
“A pandemia é algo que aflige toda a comunidade. Poderíamos ter mais leitos de UTI, que a ocupação continuaria sendo um problema, da mesma forma como leitos clínicos semi-intensivos, como temos no Hospital Ouro Branco. A questão principal é a demanda muito grande, em pouco tempo, e não há estrutura na área da saúde que suporte isso, fatores que levam à dificuldade no atendimento. E essa é uma realidade não apenas de Teutônia ou do Vale do Taquari”, afirma o presidente da mantenedora ABOB, Marco Aurélio Weber.
As instituições hospitalares também necessitam de profissionais. “Há sim a necessidade de serem abertos leitos, mas chegamos a um momento que somente isso não é uma solução. Precisamos de profissionais da saúde, médicos, enfermeiros, técnicos, visto que esses também são afastados por contraírem a Covid-19 na linha de frente do combate à pandemia. É uma situação extremamente complicada, sem falar do alto custo e tempo destas internações, o que sobrecarrega toda e qualquer casa de saúde. É realmente uma situação crítica, e precisamos do apoio da comunidade”, sinaliza o presidente.
“Essas duas contas foram criadas especificamente para este momento da pandemia. Faremos a prestação de contas de todos os recursos que ingressarem, o valor que entrou e o que foi feito com ele. Começamos a receber as primeiras doações, tenho certeza de que a comunidade vai nos ajudar”, acrescenta Weber.
Outras campanhas
O HOB também desenvolve a Campanha Mãos Dadas com a Saúde, realizada numa parceria com a Certel Energia, com doações espontâneas de associados da cooperativa debitadas nas faturas de energia elétrica. Esses voluntários concorrem ao sorteio mensal de vale-presente das Lojas Certel. A comunidade também tem contribuído regularmente com outras doações, principalmente alimentos não-perecíveis.
“O HOB é mantido por uma associação filantrópica, com cerca de 170 associados, sem reserva financeira para essa alta demanda ocasionada pela Covid-19. O hospital é da comunidade, e a comunidade precisa se engajar para fazermos frente a esse custeio e nos precavermos com a compra de insumos. Esse é o caminho, em períodos de grandes crises, quem realmente tem a capacidade de fazer a mudança são as pessoas. Ninguém sabe por quanto tempo mais teremos que conviver com essa pandemia”, conclui Weber.
O HOB também está mobilizando as empresas para a arrecadação de recursos, com o envolvimento da CIC Teutônia. Mais informações podem ser obtidas pelo fone (51) 3762-1600 ou pelas redes sociais do HOB.
“O receio é de chegarmos ao colapso de leitos e de profissionais. Esses trabalhadores estão cansados, física e emocionalmente. Qualquer ajuda é importante, mesmo que não seja uma solução definitiva. Os desafios são muitos, com altos custos dos medicamentos, dificuldade de reposição de estoque, principalmente anestésicos e insumos em geral. A demanda de atendimentos é algo assustador. A prioridade é salvar vidas, mas a conta acaba vindo”, finaliza Kleber, reforçando o pedido para que as pessoas sigam tomando todos os cuidados no seu dia a dia. “A pandemia não acabou.”
Texto: Leandro Augusto Hamester