O Hospital Ouro Branco (HOB) corre o risco de ficar sem tomógrafo. A vida útil do tubo (coração do equipamento) está praticamente chegando ao fim. O aparelho chegou a ficar alguns dias inoperante devido a um problema no HD, que foi consertado. Assim, o equipamento voltou a funcionar e os exames foram retomados.
Ainda assim, a troca do tubo é urgente, já que a qualquer momento o tomógrafo pode parar de funcionar. A capacidade dele é de gerar cerca de 1 milhão de cortes/imagens e o atual tubo supera a marca de 976 mil cortes/imagens. Em média, o exame de um paciente pode gerar de 100 a 500 cortes/imagens, conforme o tipo de tomografia. Em média, o HOB realiza em torno de 13.560 cortes/imagens por mês. Pelo raciocínio, o tomógrafo deve ter uma sobrevida máxima prevista de 2 meses.
O HOB não atende apenas a população de Teutônia. O hospital é o único prestador de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), regularmente contratualizado, para o município sede, Poço das Antas, Westfália e Paverama. Atende ainda os municípios limítrofe – Fazenda Vila Nova e Boa Vista do Sul -, perfazendo uma população total de aproximadamente 60 mil habitantes. Em torno de 85% dos atendimentos realizados na casa de saúde são de pacientes do SUS.
Em contrato firmado com a Secretaria Estadual de Saúde, o HOB ainda atende municípios do Vale do Taquari para a realização de diversos procedimentos, sendo 46% oriundos de Teutônia e 54% de outros municípios.
A casa de saúde também é referência nas áreas de traumatologia/ortopedia, coloproctologia, cirurgia vascular, otorrinolaringologia e bucomaxilofacial para 37 municípios. Além de ser base de SAMU para cinco municípios com Porta de Entrada 24hs.
O desgaste do aparelho também se deve a alta demanda que ocorreu durante a pandemia de covid-19. O exame de tomografia era um dos principais recursos no diagnóstico para tratamento de problemas causados pelo vírus. “Com certeza, o exame foi determinante para salvar vidas”, aponta o diretor executivo do hospital, José Paulinho Brand.
Em busca de recursos
Há um ano que o aparelho acusa que a vida útil está chegando ao fim. “Estamos numa saga em busca de R$ 580 mil para buscar a troca do tubo. Não podemos deixar chegar em 1 milhão de imagens, esperar o tomógrafo parar para daí tomar atitude”, comenta Brand.
O tema ainda foi discutido a aprovado nas reuniões com prefeitos do G7, da Comissão de Avaliação do Contrato de Gestão Plena (CAC) com Teutônia, Poço das Antas, Paverama e Westfália, com a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde de Lajeado, reuniões da Comissão Intergestores Regionais (CIR), do COE, do Conselho dos Secretários de Saúde ( COSEMS) da região, do Conselho Municipal de Saúde, entre outras.
Ainda em março do ano passado, a instituição encaminhou ofício à secretária de saúde do estado, Arita Bergmann, apresentando a situação. Por meio do documento, foi aberto Processo Administrativo Eletrônico habilitando o HOB a pleitear recursos estaduais para custear a troca. “Infelizmente, no dia 7 de novembro de 2022 recebemos a informação de que o nosso processo havia sido arquivado, sem nenhuma justificativa do estado”, relata.
Com este retorno negativo, o HOB segue em busca dos recursos e tomando todas as medidas possíveis para resolver a situação no menor prazo possível. “Pedimos o apoio da comunidade e agradecemos pela compreensão”, pede Brand.
Texto: Divulgação Grupo Popular Fotos: Divulgação